Impossível não se emocionar no
Parque da Memória de Buenos Aires. Trata-se, primeiramente, de uma homenagem
aos 30 mil mortos pela última ditadura militar argentina. O lugar é belíssimo e
exala alguma paz.
Aos domingos, famílias e jovens
aproveitam o parque como um local de descanso e meditação. Hoje, algumas
famílias de “desaparecidos” decoravam o chão e algumas árvores. Por respeito e
certa emoção, não tive coragem de perguntar-lhes mais informações.
Muitas pessoas (turistas) usam
óculos escuros, mesmo com o dia nublado, e pode-se ver as lágrimas de homens,
mulheres, adultos e jovens, especialmente ao se aproximar dos mirantes do Rio
da Prata, de onde se avista o mar no qual os militantes vivos eram jogados de
avião. A escultura, no meio do Rio, em homenagem ao menino Pablo Míguez, que
teve este destino aos 14 anos, é algo realmente de arrepiar.
Há um muro gigantesco onde estão
os nomes dos desaparecidos que já tiveram seus corpos encontrados.
Além das obras de arte, há uma
série de elementos que contam a História da Ditadura que, como no Brasil, está
vinculada a grandes grupos empresariais, ao governo e às corporações
norte-americanos, ao aumento abissal da dívida externa, da corrupção e da violência
do Estado.
Um exemplo do povo argentino do
quanto é importante termos memória para mantermos a esperança de construirmos
juntos um mundo de paz e de justiça.
Para quem quiser entender melhor
tem o ótimo vídeo do canal História Recente do Prof. Luis Fernando Cerri: https://www.youtube.com/watch?v=ttXGkyLmSI0
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