domingo, 7 de outubro de 2018

PARQUE DE LA MEMORIA



Impossível não se emocionar no Parque da Memória de Buenos Aires. Trata-se, primeiramente, de uma homenagem aos 30 mil mortos pela última ditadura militar argentina. O lugar é belíssimo e exala alguma paz.

Aos domingos, famílias e jovens aproveitam o parque como um local de descanso e meditação. Hoje, algumas famílias de “desaparecidos” decoravam o chão e algumas árvores. Por respeito e certa emoção, não tive coragem de perguntar-lhes mais informações.

Muitas pessoas (turistas) usam óculos escuros, mesmo com o dia nublado, e pode-se ver as lágrimas de homens, mulheres, adultos e jovens, especialmente ao se aproximar dos mirantes do Rio da Prata, de onde se avista o mar no qual os militantes vivos eram jogados de avião. A escultura, no meio do Rio, em homenagem ao menino Pablo Míguez, que teve este destino aos 14 anos, é algo realmente de arrepiar.

Há um muro gigantesco onde estão os nomes dos desaparecidos que já tiveram seus corpos encontrados.

Além das obras de arte, há uma série de elementos que contam a História da Ditadura que, como no Brasil, está vinculada a grandes grupos empresariais, ao governo e às corporações norte-americanos, ao aumento abissal da dívida externa, da corrupção e da violência do Estado.

Um exemplo do povo argentino do quanto é importante termos memória para mantermos a esperança de construirmos juntos um mundo de paz e de justiça.

Para quem quiser entender melhor tem o ótimo vídeo do canal História Recente do Prof. Luis Fernando Cerri: https://www.youtube.com/watch?v=ttXGkyLmSI0





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