Na triste e vergonhosa
instituição da escravidão brasileira havia leilão de pessoas escravizadas
trazidas da África. As pessoas estavam ali contra a sua vontade. Na lógica do
leilão, provavelmente o vendedor (traficante ou intermediário local) fazia um preço
mínimo pela mercadoria e os compradores negociavam possivelmente oferecendo um
valor mais alto pelos aparentemente mais fortes.
Alguns municípios, no vácuo
institucional da era pós-golpe, estão fazendo LEILÃO DE PROFESSORES. Neste caso,
não é o comprador que faz o preço, mas o trabalhador que, humilhantemente, se
oferece por menos que ganha a vaga. A indignidade chega aos seus limites. ‘Quanto
mais miséria tem, mais urubu ameaça’.