Justificamos que a área de ensino de História é entendida no
campo da ciência e nos órgãos de representação como área de fronteira entre
Educação e História. Este entendimento tem sido consensual no GT da Associação
Nacional de Professores de História (ANPUH) e na Associação Brasileira de
Ensino de História (ABEH), sendo que editais e situações afins são regidos por
esta compreensão. Qualquer outro entendimento é passível de questionamento, inclusive
jurídico.
Ninguém é outro
Tão acostumados que estaremos ao direito do outro em ser
outro, que ninguém será outro para nós.
Não, sou professor de gentes. Uso
a História pra conversar com gentes. Gentes, no plural, como eu, que têm
histórias, dificuldades, alegrias, tristezas, superações. A História, campo
disciplinar da modernidade, é um caminho que ofereço para que estas pedras
preciosas que encontro pelo caminho, possam compor e entender suas próprias
histórias e aos poucos irem conhecendo e aprendendo com tantas outras histórias
do mundo, por que a Terra e os universos também lhes pertencem coletivamente. É
assim que vamos nos aprimorando uns aos outros...
Minha utopia é uma aprendizagem
sem grades – nas janelas, nas portas, nos currículos, nas mentes, nos
corações.... Isto não me afasta do rigor dos saberes, das ciências... Só é meu
jeito de entender que a ciência é também feita por gentes, por necessidades de
gentes, responde às inquietações, às curiosidades e aos clamores das gentes.
Prolongar aquela sensação de juventude plena que era estar contigo
Todo dia te conhecer por um lado diferente
Prolongar, manter aquela chama acesa
Tudo por se revelar
Aquilo que procura
Um entorpecimento dos sentidos
Para ir mais fundo
Caminhar sem medo nas ruas noturnas
Tudo lindo, tudo sonho
Nem parece que aconteceu
E agora este tempo estancado
Eu queria prolongar sensações
Descortinar um novo mundo
Penso que tenha sido bom também pra você
Por que não estender o tempo,
Essa alegria?
Seria uma luz ao menos
Um tempo revivescido
E o abraço de despedida não terminaria
O tempo, o tempo
Seria sempre uma luz
Uma luz ao menos.
Sempre uma luz.
DEBATE
12 milhões pra espalhar notícias falsas? E você aí compartilhando um monte e não ganhou nada? Pelo menos vai atrás dos seus direitos, cara. Junta tudo e mostra que sempre que vinha uma mentira você fazia questão de espalhar, principalmente se ela gerasse ódio. São 12 milhões, amigo. Cobra teu dez por cento que vai tá com a vida feita!!
O que significa “aprender” História? Pela minha experiência com formação inicial e continuada de professores de História, considero que “aprendizagem” é o termo mais difícil e fundamental a ser discutido, por que dele dependem todas as outras instâncias, inclusive nosso posicionamento em relação às exigências de avaliação externa.
Eu vi o fascismo chegando, vociferando
Eu vi o fascismo gritando pelos direitos da família
E vi as famílias se desmantelando
De intrigas e de fome
Eu vi a grande explosão
A grande explosão de ódio
Se espalhando
Eu vi o fascismo gritar pela Pátria
E vi a Pátria se esfacelando
Em escombros
Eu vi o fascismo de perto
E como ele cheirava mal
Eu vi o fascismo vociferando, acusando
Amedrontando os amedrontáveis
Acuando os indefesos
Eu vi o fascismo na voz da liderança religiosa
Eu vi o fascismo consagrado em nome de um deus
E a justiça tornou-se só fome e sede
E os homens e mulheres não mais conheciam a possibilidade da
verdade
Eu vi a confusão fascista
Eu vi a grande máquina fascista se comunicando por
mensagens de telefone
E toda vez que evocava os preconceitos, as coisas que os homens
e mulheres não entendiam,
Mais eles acreditavam na voz do grande líder da mensagem
Eu ouvi o fascismo gritando
Eu vi o fascismo de perto e ele era feito de gente.
Meu Deus, era gente humana que mentia!
Era gente humana que desejava a morte, o extermínio
De outra gente que pensava diferente.
Na tradição, fora os ritos religiosos, a Páscoa é comemorada
com um almoço que reúne as famílias.
No entanto, todos estamos vendo, mesmo aqueles que se negam a
admitir, a tragédia por que estamos passando.
Dividir a mesa - e a preparação da mesa - com os amigos e familiares
queridos é um ato de amor.
A situação, contudo, nos chama a um esforço, como uma
expressão do amor mais urgente: precisamos abrir mão dos encontros para que se
alivie a pressão sobre os hospitais.
Se você ainda não sentiu a dor de nem poder se despedir de um
amigo ou familiar, reflita um pouco sobre esta situação:
Para que a sua e outras famílias possam celebrar sem dor e
sem culpa tantos e tantos outros renascimentos.
Para que possamos expressar a nossa solidariedade, para além
de nossas divergências, com todos os que sofreram e estão sofrendo com este
momento difícil que atravessamos.
Como o mercado, este sujeito indefinido, tem reagido à estranhíssima não identificação do mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco?
Qual o impacto na alta do dólar do desaparecimento do Queiroz e todo o esquema de corrupção e de associação com as milícias do sr. Flávio Bolsonaro?
O que impacta na bolsa de valores a investigação pífia em torno da facada que elegeu Bolsonaro?
Como o mercado reage à farra do cartão corporativo empreendida pelo mandatário-mor do país?
Como ficou o dólar em relação aos milhões gastos com leite condensado que serve como "potencial energético" para militares, e os chicletes para higiene bucal?
Qual a reação do euro e do dólar em relação à disparada do preço dos alimentos e dos combustíveis?
Qual a posição do deus mercado em relação à maior taxa de desemprego do último século, depois de atendermos os seus desejos e sacrifícios na pira acesa da reforma trabalhista e da previdência?
20 milhões de pessoas voltando para a linha da miséria absoluta, 250 mil mortos e quase nenhuma vacina, um país sendo considerado a vergonha mundial. E o mercado, como está?
Se você soubesse o trabalho que dá ler centenas de páginas,
corrigir, sugerir possibilidades de reescrita, mergulhar no trabalho do outro(a),
respeitar este trabalho, e, a partir daí, conseguir pensar outros caminhos,
alternativas, ajudar a organizar, estruturar, justificar, considerar os
interlocutores.....
Valorize e respeite o trabalho do orientador que realmente
orienta, que se compromete com você e com sua produção.
Quando vejo/ouço depoimentos de representantes de povos indígenas, quilombolas etc., não os vejo/ouço como "outro". Sempre há uma empatia profunda. Presto muita atenção porque se trata de um eu/nós. Um eu que, por vezes, está silenciado dentro de mim, que não vivo cotidianamente como experiência. Por isso, vejo/ouço com reverência, por que se trata de meu 'nós' identitário, de aprender-me; de reaprender-me. Quem sou / quem somos? Somos sempre o outro e nós de alguém.
Sim, as críticas servem para fazermos autoavaliação, percebermos onde erramos, onde temos soberba, falamos publicamente sobre coisas que não conhecemos, negamos os estudos, nos comprometemos com o mal, mesmo sem querer. Assim, nem todas as críticas são pedras, por vezes são nossos olhos que não enxergam as flores que nos convidam a refletir e, quem sabe, mudar.
