sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Vigília



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Eu sei que o tempo vai indo
E eu não tenho como preservá-lo num freezer
Eu sei que a vida vai indo
E nem sempre consigo cobri-la com especiarias

E a noite é tão longa
e estou tão só

Fechei meu contato com o mundo 
Fechei meus olhos e ouvidos
Fechei-me para a lua e para o breu
E agora ninguém consegue me encontrar

E a noite é tão longa
Corra antes que ela te pegue

Sinto que vou desmaiar
Se eu pudesse ao menos viajar
Se você parasse de me vigiar
Se minha mente esquecesse de perguntar

E a noite é tão longa
E esta batida não tem fim





Rebeldes nas redes
Turvam-se em mais
Uma noite inteira
interconectados
Como se fugissem do fogo
Em seu mundo privado
E ao dormirem
Lembram e esquecem
Do entrelaçar das engrenagens

Mundos híbridos,
Entre-muros, entre-tempos
Já não bastavam
Bolhas de juventude

Mundos híbridos
Intra-muros
Já não sabiam
Não havia pra onde correr 

Rebeldes com sede

Não há mais como descolar
Nem como daqui decolar
Se ali fora o mundo urbano
Não traz lições a aprender
Experiências a desfrutar

Não há temores
Não há
Apenas esta rocha interna
A explorar

Rebeldes
Dizem até logo
Quando o dia longo se inicia
Filosofias expressas
as palavras criam seus sentidos
São formas autônomas
Em busca de ouvidos


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Escola sem parido
Esposa sem marido
Escusa sem gemido

Estado diminuído
Estado de reprimido
Estudo falecido