Junto com Lula, eu também serei
interrogado hoje.
Eles estão com ódio e querem nos
eliminar.
Junto com Lula, eu também serei
julgado.
Eles estão com ódio e atiram
pedras.
Lula representa uma parte do projeto
de mundo pelo que sempre lutei.
Banqueiros, juízes ricos e privilegiados,
oriundos de famílias ricas, donos de empresas de comunicação milionários instigam
policiais pobres, guardas civis pobres, militares pobres a bater e espancar
manifestantes que defendem um projeto de mundo diferente do deles.
Eles têm ódio.
Era pouco pelo que lutávamos.
Centenas de milhares de pessoas nas favelas, com pequenos subsídios, abrindo
seu pequeno negócio, um salão de beleza, um disque-entrega..., centenas de
milhares de pessoas tendo direito à sua casa própria com financiamento mais
justo, estudantes pobres tendo acesso à universidade e em cursos que dantes
eram praticamente exclusividade de uma casta.
Era pouco o que pedíamos, muito
pouco.
Deem-nos um capitalisminho um
pouco mais civilizado. Ao invés desta selvageria que sempre vivemos.
Junto com Lula, eu e todos que
defendemos um projeto de mundo um pouquinho diferente estamos sendo julgado e
recebemos as pedras e o ódio de muitos.
Com financiamento de grandes
corporações internacionais eles instigam o ódio a qualquer projeto alternativo
de mundo. E pessoas simples, que nunca leram nada sobre relações políticas,
sociais e econômicas em seu país, em seu município ou no macro plano das
relações internacionais, compartilham mensagens de ódio como se entendessem
completamente o que está se passando.
Pessoas que nunca estudaram, de
fato, os atavismos que compõem uma ética nacional onde todos são corruptos,
menos a minha turma, todos são racistas, menos eu, compartilham mensagens de
ódio, instigados é claro pelo bombardeamento de sua principal fonte de
informação: a televisão.
Eles têm ódio e o ódio nunca
construiu nada.
Este ódio só nos levará à
convulsão social plena, à guerra civil.
Há muitos para criticar e poucos
que se dispõem a fazer qualquer coisa pelo bem comum.
Lula pode ter cometido erros, como
todos nós, mas, assim como Dilma, não merece a perseguição e ódio que lhe é
dirigido.
Eles roubaram nosso voto e a
nossa frágil democracia para implantar seu projeto que menos de 5% da população
brasileira aprovaria.
Tentamos um esforço gigantesco de
compreensão para que o ódio não floresça em nossos corações.
Tomara que, hoje, algum bom senso
prevaleça na bela e, por vezes, preconceituosa capital do Paraná.