Não sou contra o desenvolvimento tecnológico. Ainda que a
custa de muito sofrimento, hei que conhecer que a industrialização nos trouxe
grandes benefícios. No entanto, parece que chega a hora de recompor nosso elo
sagrado com a natureza, que foi quebrado pela modernidade.
Quanto a este tema, temos um impasse em nosso país. Uma
grande parcela da população sempre foi alijada do mercado consumidor e dos bens
materiais mínimos. Agora que os níveis de renda e crédito indicam que estamos
conseguindo ultrapassar ao menos a linha da miséria, como dizer a todos que não
embarquem na onda de consumo desenfreado?
É preciso que trabalhemos para fazer aflorar outras formas
de consciência em que nos vejamos como parte integrada desta natureza que
herdamos. Gratidão pelo que recebemos. Abrir mão de desejos comodistas.
Oferecer algo em troca. Amar sem destruir. Rio, árvores, florestas, jardins,
praias, montanhas, hortas, pássaros. Todas as formas de vida.
Jean Moreno, 23/02/2011
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