sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Teatros na correnteza




Houve um tempo
Em que a vida era pra se viver
Houve um tempo em que existia
Pão para os ouvintes
Regras que não molduras
Outonos de névoas mágicas
Fogueiras que nem mulheres
Houve viagens para um lugar
Em que as folhas não viravam pó
Teatros na correnteza
Onde, contra a corrente,
Éramos peixes e atores
E a cachoeira era a ribalta
Houve um tempo
Em que a vida era pra se viver
E as luzes eram o jantar


Jean Moreno, 1996

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