Eram os finais dos
anos 1980.
Eu trabalhava em um banco e fazia escola técnica à noite (acho que
era o 1o ano do antigo 2o grau).
Morava em um condomínio de apartamentos
pequenos (60 m2) de classe média baixa (ou classe pobre alta, como queiram) em
um bairro de S. J. dos Pinhais.
Depois da aula e de enfrentar 45 minutos de
ônibus de Curitiba e mais um trecho a pé, reunia-me com alguns colegas mais
velhos, geralmente no ap. de uma amiga que tinha, para nós, o grande privilégio
de morar sozinha.
Deitávamos sobre as almofadas e ficávamos divagando horas.
A
música era indispensável.
Ouvíamos de tudo.
Amigos e
amigas colaboravam com seus discos com capas maravilhosas.
Era um pano de
fundo para boas conversas esotéricas, sonhos grandes ou pequenos, alguns
flertes. As noites eram geralmente frias.
Amigos e músicas para esquentar.
Lembrei-me desta canção, hoje.
Esforçava-me por entender a letra.
Era bastante
ingênua, mas bonitinha.... como a adolescência.
Adeus estranho.
Jean Moreno, 24/08/2010.
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