quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Almofadas (memórias da adolescência)



Eram os finais dos anos 1980.
Eu trabalhava em um banco e fazia escola técnica à noite (acho que era o 1o ano do antigo 2o grau).
Morava em um condomínio de apartamentos pequenos (60 m2) de classe média baixa (ou classe pobre alta, como queiram) em um bairro de S. J. dos Pinhais.
Depois da aula e de enfrentar 45 minutos de ônibus de Curitiba e mais um trecho a pé, reunia-me com alguns colegas mais velhos, geralmente no ap. de uma amiga que tinha, para nós, o grande privilégio de morar sozinha.
Deitávamos sobre as almofadas e ficávamos divagando horas.
A música era indispensável.
Ouvíamos de tudo.
Amigos e amigas colaboravam com seus discos com capas maravilhosas.
Era um pano de fundo para boas conversas esotéricas, sonhos grandes ou pequenos, alguns flertes. As noites eram geralmente frias.
Amigos e músicas para esquentar.
Lembrei-me desta canção, hoje.
Esforçava-me por entender a letra.
Era bastante ingênua, mas bonitinha....  como a adolescência.
Adeus estranho.


Jean Moreno, 24/08/2010.

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