domingo, 20 de setembro de 2015

O tudo e o nada







Sorria
Em torno de tudo que acontecia
Chovia e nada a tristeza lhe trazia
Seu olhar tudo falava
E nada dizia

Até que um dia
Caiu do céu um anjo negro
E com unhas compridas
Rasgou seu véu
E trouxe um corpo
E, juntos, rodaram num carrossel

Entre Deus e o diabo
O anjo era quem lhe mais encantava
E entre laços sem nexo
Entregou-se ao anjo
Ao amor e ao sexo

Perdeu-se naquela noite
Como quem se acha
Gozou
Como quem desabafa
Depois ganhou o céu
Mas não viveu vida eterna...


Duda & Jean, 1994.

Nenhum comentário:

Postar um comentário