sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Ver, sentir



O nome do homem deitado na praça
O álcool do homem caído no banco
A fome do homem arrastado no chão
A nudez da mulher exposta na rua

Não se sabe de onde vêm
Não se sabe pra onde vão

A ferida da menina transposta no rosto
A cola do menino translúcida na mente

Não se vê, não se sente
Já virou rotina
Nesta cidade inclemente


Jean Moreno, 1994

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