Ainda é preciso
Ver o tétrico e o esquálido dos
edifícios
Ainda é preciso
Respirar o fétido e o cinzento dos
automóveis
Ainda é preciso
Sentir o ázimo e o delirante da dor
Ainda é preciso
Degustar o pálido e o sublime da
fome
Ainda é preciso
Ouvir o sem-escrúpulo e o nebuloso
da boca dos homens
Jean Moreno, 1993
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