Palavrear é fugir do desespero,
Do vazio inconsciente,
Que não se sabe certamente
Se é breu ou é luzeiro.
Quem dera ser um poeta antigo,
Daqueles que falavam oh! Mares!
Quem dera atingir outros patamares.
Mas contingente é que prossigo.
Quem dera ser e simplesmente
Apagar as expectativas,
Deixando fluir livremente
Aquilo que a pobre mente
Finge que ainda olvida,
Que o ser, na verdade, se faz na
lida
E se revela no íntimo
Pelo que pensa e, no silêncio,
sente.
Jean, 18 de março de 2012
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