domingo, 20 de dezembro de 2015

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Uma colega me falou, na semana que passou, que, além de tudo, eu tinha uma alma melancólica. Pensei muito nisso. Talvez eu realmente estivesse deprimido (ou ainda esteja, pois não sei se se escapa desta tão facilmente). Mas, o que teria motivado esta afirmação, talvez, sejam alguns posts do blog que falem sobre o passado. Contudo, falar sobre o passado é na verdade reorganizar o presente. A leitura do passado, mesmo que contextualizada, é feita a partir de hoje e sua significação também. Talvez não seja melancólico. Não tenha nem nostalgia. Não desejo voltar ao passado e não o acho necessariamente melhor do que o presente. Refletir sobre a experiência, os sons, sabores, cheiros, sentimentos, frases, etc... me faz produzir sentidos para o agora e o que virá. Lembrei-me desta canção, por exemplo, feita em 1980, quando eu tinha 6 anos. A letra muito muito simples e a bela melodia, que Joyce fez em homenagem às suas filhas, tocaram a todos naquela época, em que havia os bons Festivais da Canção televisionados. Em verdade, a canção comove-me ainda hoje. Esta simplicidade com profundidade de alma é o que busco como ideal.


Jean Moreno, 06/09/2010

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