Uma colega me falou, na semana que passou, que, além de
tudo, eu tinha uma alma melancólica. Pensei muito nisso. Talvez eu realmente
estivesse deprimido (ou ainda esteja, pois não sei se se escapa desta tão
facilmente). Mas, o que teria motivado esta afirmação, talvez, sejam alguns
posts do blog que falem sobre o passado. Contudo, falar sobre o passado é na
verdade reorganizar o presente. A leitura do passado, mesmo que
contextualizada, é feita a partir de hoje e sua significação também.
Talvez não seja melancólico. Não tenha nem nostalgia. Não desejo voltar ao
passado e não o acho necessariamente melhor do que o presente. Refletir sobre a
experiência, os sons, sabores, cheiros, sentimentos, frases, etc... me faz
produzir sentidos para o agora e o que virá. Lembrei-me desta canção, por
exemplo, feita em 1980, quando eu tinha 6 anos. A letra muito muito simples e a
bela melodia, que Joyce fez em homenagem às suas filhas, tocaram a todos
naquela época, em que havia os bons Festivais da Canção
televisionados. Em verdade, a canção comove-me ainda hoje. Esta
simplicidade com profundidade de alma é o que busco como ideal.
Jean Moreno, 06/09/2010
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