Vou ver meus e-mails
Onde está a porta por onde entrei
neste pesadelo?
Vou tomar meus remédios e dormir o
sono da eternidade.
Vou ver meus e-mails.
Alguém me mande uma chave,
Um portal!
Alguém me acorde!
Acenda a luz, por favor?
Alguém me pregue na cruz!
Por que eu sou muito covarde!
Meu sangue escorrendo lentamente,
Até se esgotar.
Vou ver meus e-mails.
Novas correntes, novas normas.
O que fiz agora,
Perseguidores?
Já invadiram minha intimidade.
Não há espaço livre.
Não há luz, túnel, fim.
“No final você dará risada de tudo
isso.”
Quanto falta para o final?
Por que o espírito não se apaga?
Por que não nos transformamos em
pedra insignificante?
A ser chutada, pisoteada?
Sem sentimentos?
Enviar e receber
Mais um copo quebrado.
Se não repassar esta mensagem,
O sopro da vida o transformará em
uma pulga
Em simples pulga a se alimentar do
sangue dos outros.
Jean, 19 de novembro de 2010.
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