Troco e compartilho gostos, apreciações, boas ideias, luzes, fractrais, perfumes, fruições, contemplações, poiéticas, assertividades e dúvidas existenciais.
quarta-feira, 27 de setembro de 2023
NZINGA
Com quantas referências se produz o encantamento?
De quanta pesquisa, de quanto sentipensar nasce um ato, uma peça, uma palavra enunciada?
Nzinga em Ourinhos hoje
NZINGA E NGOLA MBANDI. Dramas universais. Zumbi e Ganga Zumba também não usam black tie na lida com as promessas do invasor.
Aos poucos começa-se a aprender que o poder é feminino e a autoridade, masculina. A reflexão vai aprofundando e a mente tenta acompanhar a profusão de sentidos.
Nizinga é o Sol para além do Ndongo. Muito antes e depois do colonialismo.
Ética comunitária Bakongo, Mbundu, Tchokwe. Pluriversos, absorver mundos no próprio mundo.
Espaço e tempo em espiral. Paradoxo temporal: passado-presente-futuro na diáspora e na resistência.
Corpografia, palavra enunciada, sons, músicas, iluminação: linguagens pensadas para que compreendamos a paisagem profunda – para além dos fatos. Fiquei pensando que aqui se dá a confluência mais intensa da descrição / narrativa densa proposta por Clifford Geertz.
Não há como não sair tocado, tensionado com uma peça assim.
Difícil encontrar palavras. Só consegui escrever fragmentos. Acho que a costura deve vir com os sonhos.
Gratidão, mais uma vez, Cultura Ourinhos!
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