Não estamos conseguindo viver
devidamente o luto.
Sempre quando uma tragédia se
abate sobre uma sociedade, sobre uma grande comunidade imaginada, como somos o
Brasil, faz-se o luto, as pessoas choram e preparam-se para recomeçar depois da
perda. Incorporando a perda. Esta transição é fundamental.
O luto também faz parte da
aprendizagem do amor, da vivência humana.
Chegaremos a 20 mil irmãos que se
vão. A 20 mil famílias que terão que se reconstruir.
Que o nosso choro possa repor a
água da fonte que está secando na sociedade brasileira e no mundo.
É preciso reinventar o amor,
sabendo da dor de nos encontrar neste espelho. Nesta sociedade complexa,
profundamente desigual e que, por vezes, ainda consegue ser dolorosamente bonita,
como a música.
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