O posicionamento frente ao mundo, seus problemas
e desafios, é essencial. Ninguém é isolado completamente do todo.
Pelos atos ou omissões somos responsáveis pelo que acontece conosco e com
os outros. É muito fácil ser contra as ditaduras, violências e injustiças à
distância. A verdade é que poucas vozes se levantam, poucos braços se mexem no
momento do aperto. O medo, a salvação da própria pele, os pequenos ou grandes
ganhos individuais sobrepujam-se a quaisquer valores ou sentimentos de justiça,
solidariedade e honestidade.
Os resistentes, em geral, pagam um preço alto no
imediato. Porém, em longo prazo os vejo felizes. São estas poucas vozes que
mantêm acesas a chama da vida, que alimentam os sonhos e que, com sua
coerência, depositam as sementes (que, mais tarde, frutificarão) em terra
fértil. No auge do nazismo, das teorias racistas, da mentalidade bélica,
Chaplin produziu "O Grande Ditador". Por seu posicionamento político
foi expulso dos EUA. O discurso que encerra o filme permanece, contudo, sendo
imortal.
Jean Moreno 08/09/2010
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